Publicado em 10/06/21
Em comunicado divulgado nesta terça-feira (8), há explicações sobre como funcionam os algoritmos do Instagram. A rede social afirmou que não usa apenas uma solução, mas, sim, “uma variedade de algoritmos, classificadores e processos, cada um com sua própria finalidade”.
Segundo a plataforma, os usuários ficavam sem visualizar 70% dos posts em seus feeds em 2016, quando as fotos eram organizadas apenas com base na data em que foram publicadas. Naquele ano, a rede social fez mudanças para mostrar o que entende atrair mais o interesse de cada pessoa.
Os algoritmos usados no feed e nos stories levam em consideração centenas de sinais, como são chamados os critérios para definir o que aparecerá primeiro. Nessas seções, o objetivo é destacar o que foi publicado pelas pessoas que você segue.
Por isso, a rede social analisa, por exemplo, informações sobre o post. Isso inclui dados como o número de curtidas, horário em que foi publicado e, quando possível, a localização em que ele foi feito.
O Instagram afirmou que também avalia informações sobre o autor do post, o que inclui a frequência com que você interage com essa pessoa nas últimas semanas e se você costuma comentar nos posts dela. A rede social avalia ainda sua atividade recente, para entender os assuntos pelos quais você se interessa.
A partir dos sinais, são realizadas predições sobre o post, ou seja, tentativas de antecipar qual a probabilidade de você se interessar pelo conteúdo. “Adicionamos e removemos sinais e predições ao longo do tempo, trabalhando para entender melhor pelo que você se interessa”, explicou a plataforma.
Na aba Explorar e na seção de vídeos curtos Reels, o objetivo é apresentar contas que você ainda não segue. Por isso, o Instagram analisa o histórico de posts que você curtiu, salvou ou comentou. A rede social busca outros usuários que interagiram com esses posts e, em seguida, analisa quais outras contas eles seguem.
Depois de chegar a um conjunto de fotos e vídeos que podem te interessar, o Instagram define como eles serão ordenados na aba Explorar e no Reels. De acordo com a plataforma, os posts são priorizados de uma forma parecida ao que acontece no feed e nos stories.
Nas duas seções, o Instagram leva em consideração informações sobre o post, sobre sua relação com quem o publicou e sobre sua atividade recente.
Pelas diretrizes da rede social, a aba Explorar não recomenda posts potencialmente perturbadores ou sensíveis. Enquanto isso, o Reels não destaca vídeos com baixa resolução e marcas d’água, ou que tratam de assuntos políticos.
Ainda em seu comunicado, o Instagram também tratou de acusações de “shadowbanning”, a prática de limitar o alcance de posts sem uma explicação oficial.
“Reconhecemos que nem sempre fizemos o suficiente para explicar por que removemos o conteúdo quando o fazemos, o que é recomendável e o que não é, e como o Instagram funciona de forma mais ampla”, afirmou a rede social.
A plataforma alegou que nunca teve a intenção de deixar os usuários confusos e garantiu que está trabalhando em melhorias. Uma delas envolve notificações no aplicativo para indicar, por exemplo, por que um usuário teve o seu post foi removido.
O Instagram também explicou que, em alguns casos, os posts têm menos curtidas e comentários sem terem sido penalizados por “shadowbanning”. “A verdade é que a maioria dos seus seguidores não verá o que você compartilha, porque a maioria vê menos da metade de seu feed”, indicou a empresa.
Para o Instagram, fornecer mais contexto sobre como o conteúdo é classificado “é apenas parte da equação”.
“Podemos fazer muito mais para ajudá-lo a moldar sua experiência no Instagram”, afirmou a companhia. “Também precisamos continuar a aprimorar nossa tecnologia de classificação e, é claro, cometer menos erros”.